Passeando nas praias de Tripoli

Data 06/09/2015 13:36:52 | Tópico: Crónicas



Esta manhã, passeando nas praias de Tripoli, vi um corredor em trajes prateados jogando sete e meio com o mar. Tudo estava calmo, sem maiores ondas. Por isso estava correndo quando o barco cortou a superfície da água. Por trás dele fluía a primavera mostrando todo o esplendor do sol de verão, mesmo neste final de inverno abrilhantado pela lua em seu apogeu.
Os juízes verificaram se os lacres não estavam violados resguardando águas cristalinas. Então, céu e mar se fundiram e o mundo novo apareceu diante dos olhos, para a alegria do sol que sorriu raios vermelhos derramando luz sobre o bucólico quadro invernal. Havia recomendações várias. A mais importante era para que a primeira folha fosse iniciado com muito cuidado. Isso porque o cozimento requer certas habilidades, por mais popular que seja entre as ondas.
Não sem estrondos, a alegria se fez geral quando um trovão solenemente ameaçou domar as ondas, tentando faze-las moverem-se mar a dentro. Os corações pararam para ouvir as súplicas e todas as lamas recolheram extratos de lágrimas em meio à agitação. As guias emitidas permitiam que as almas fossem derramadas em direção aos corajosos jangadeiros autores de um corajoso projeto de transporte popular.
Pitoresco passeio permanece vivo na memória mesmo quando estou longe do barulho do mundo, já que nasci e fui criado nos campos verdes da minha terra natal, entre bosques e montanhas altas. Lá, o mais próximo do mar que conhecia era o rio largo e profundo, com sumidouros desafiadores. Mas seguro como colo de mãe proporcionando liberdade gentil para os que amavam a vida plena como as ondas poderosas daquele rio, lugar sagrado que resta indelevelmente impresso na memória. E mais não aconteceu neste convescote jovial a que me reporto e relato em seu fiel teor.




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