Na Solidão da Praça
Data 20/09/2015 21:02:14 | Tópico: Sonetos
| Estou só - na Praça dos Poetas - sentado numa mesa, rodeado de vazio, é dia, há passantes, e eu aqui, entre águas que me toldam a razão - inda assim - sorrio!
A fachada da igreja é dura e fria, a água da fonte, solitária, permanente, meu corpo, um condenado que se via ante a indiferença desta gente ...
E tudo é breve como os pombos que esvoaçam, tudo é breve e passageiro nesta vida como os beijos dos amantes que se abraçam.
Nada é permanente - eu tampouco nesta Praça! E só no peito, a dor que é ressequida, vive eternamente como a morte que nos caça!
Ricardo Maria Louro
Pela tarde na Praça do Geraldo Em Évora
|
|