
A LIRA E A FLAUTA -- o suplício de Mársias
Data 25/09/2015 13:54:26 | Tópico: Sonetos
| A LIRA E A FLAUTA -- o suplício de Mársias Eis, Terpsícore, todo o Lírico sentido Que a alma d'um mito tem quando de sua morte. Seja a música tudo e nada mais importe Mesmo ao morrer pela arte em que havia vivido. Mársias sujeito a Apolo ao se ver vencido, É estirado a um pinho alto e de grande porte. Após, o escravo amola a faca para o corte, E, ainda vivo, o imola ante Apolo ofendido. Ninfas, sátiros... Veem, lastimosos, tal crueza. Chorando, avidamente, um rio derramado Leva as canas da flauta em sua correnteza. Da pele d'ele ao chão, fez-se o odre enfeitiçado Que se tocam a flauta, agita-se à beleza; Mas se tocam a lira, ouve terrificado. * * *
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