Como o feixe de luz

Data 06/10/2015 19:10:24 | Tópico: Sonetos



Como o feixe de luz, o dardo penetra no enxame,
forma fácil alopáticas nuvens dos anos sombrios.
Bochechas pálidas nada disseram sobre o ditame,
caminharam diante de mim como a verem navios.

Todos estavam sentados, da amurada até o convés,
doces senhoras perdiam-se em róseas reflexões;
estaria mais contente apesar dos ganchos de viés,
difusa a sombra incidia oblíqua, cantando canções,

Nada diziam as montanhas que nascem diariamente,
vencendo sentadas caminhos inclinados à direita;
nunca ao som de canhões perpendiculares somente.

Porém, a vida é feita de maravilhas, do céu intenso,
o tiro para o alto abate a alma de quem espreita,
atraído pelos castelos nus que já perderam o senso.








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