
Valhacouto
Data 20/02/2008 01:53:19 | Tópico: Poemas
| <br />Valhacouto
Longe de eu obscurecer nos tugúrios entre betumes e azorragues. Afasta a azáfama das asas — todo deserto é um pio insólito no labor fátuo de teus vôos.
Alaridos! Becos, vácuos e átrios Lastro! Vasta semeadura do pó. Interiores de aços frios e baços — opacos de meus cantos ao pranto porcelana dos anjos.
De um alpendre pende o bronze zoar dos dias lidas fadigas. Prumo sonoro guia-me — carismático morcego mensageiro de meus cantos.
Nas marés esvoaçam tuas azáleas apregoadas nas escamas. Olores outrora prometidos — esmaecidos convés lírios casquilhos viés andrajos.
Perdem-se nos templos uma pluma vácuo contido nos silos. Limbo solene vão da falta — entoam perenes coristas regência de minhas odes lástimas.
Decifram-me as garatujas sábias gruas empedernidas dermes. Estátuas sacras sargaços — cantam a fala do rouco deitam na vala o louco da falha.
Lábios empalhados clamam do vime ao sustenido chamado. Sustos decanos enganos — escusam ouvidos e só castas legiões inversos portais.
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