ÀS GARGALHADAS

Data 23/10/2015 11:15:34 | Tópico: Sonetos

ÀS GARGALHADAS

Súbito abre a janela, acende a luz
E solta uma sonora gargalhada...
A si, jamais a vi; não sei de nada,
A não ser da silhueta de ombros nus.

Imagino-a morena; sonho azuis
Seus olhos que não veem na madrugada
A mim, que a escuto rir despreocupada
E amo essa alegria a que me induz.

Gargalhar desdenhosa noite afora
D'aquela forma linda e 'inda àquela hora
Fora um inusitado e só flagrante.

Diverte-me pensar que era feliz
E não via bem diante do nariz
Alguém a ouvir-lhe o riso contagiante.

Betim - 20 10 2015


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