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No meio do poema havia um grão de areia uma semente
e um fracasso feito de pelúcia não encontrei a pedra de sal nem as procelas que os homens semeiam a estibordo derramando o mundo quando fogem estros
despojados das imagens e do corpo que já não lhes pertence
imprecam então pelo silêncio sem sentido colapsos que açoitam a retórica das cores o derramamento do mundo e da solidão afoita
Vejo este mar horizontal sem pausas
o desassossego regressa quando a perfeição do teu voo me toca e envolve
é sempre a maré nestas coisas e um ciclone por perto baloiçando os ventos.
¿serão os gritos dos homens apavorados que sossegam as procelas em alto mar ou será a cor das cerejas maduras que anuncia o fim do verão? não te sei dizer
(Ricardo Pocinho)
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