
… de nós, amado, nem rio, nem água
Data 20/02/2008 08:29:12 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Um poema exposto, rima dum livro aberto à arriba solta do vento, uma chávena cheia de groselha capilé e um copo: cristal pujante de rapé.
[O sacrário rodado sobre o eixo esconde o pão, o cálice e a carne, contidos no sal, cerceados ao plinto de teu desejo].
De motivos naturalistas a nogueira da cama aguarda, o beijo, a noite plana, a vela acesa, o indulto basto, e a rosa, e a relíquia balsâmica em pétalas de cerda túrgida: - memorial futuro de pretérita proposta.
Descalço-me ardente da chuva madrigal de vida, treino o adeus, as exéquias, a derradeira despedida, e saio (se amordaço o gesto) p’la porta aberta e já fechada!
… de nós, amado, nem rio, nem água, nem sequer pétrea jangada!
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