
Soneto da face lívida
Data 27/10/2015 13:54:04 | Tópico: Sonetos
| “ Travei da nuca ao pecador infesto E disse: — “Ou perderás todo o cabelo, Ou quem tu foste me declara presto!” Mil vezes podes arrancar-me o pelo, De ver-me a face não terás o gosto E de saber qual foi meu nome e apelo”.
A Divina Comédia – Inferno – canto XXXII
Se algures trazia na frente a face livida, não pergunte agora, nunca vai escrever! Porque não se pode dizer tais palavras. espantado, des-norteado, será possível
Não morreu contudo, não deixava de estar; contanto ter pouco sopro de espírito nele; estava quando fui como não gostaria de ser, mas saber o ponto onde estava é muito pior,
Que espantou, de repente, explodiu a mente, vê-lo tomando-lhe o crânio o sangue parecia, antes, sobre os ombros como tinha os meios.
Que horror maior que essa braçada gigante, agora inútil nas cristas conta todo o seu ser, quando todas as suas partes se decompõem.
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