Creia somente, assim como eu

Data 28/10/2015 20:39:37 | Tópico: Poemas


A voz era mais doce,
a viga bem resistente.
Ambos bateram aldravas
à porta sul do rei.
Mistérios contidos estão sufocados
na garrafa azul patente
reforçam dos velhos ditados
que ninguém renega a própria grei.

Em todos navios liberianos
que ontem deixaram o cais,
havia mais sangue congelado,
suada essência dos humanos,
da vida que atrai pensamentos
emolumentos negativos fatais;
ainda há cores sujas, há flatulência,
de memórias sem luminescência.

Na fusão de pensares,
o elo com a eternidade
fará surgir um caminho;
caso cair de joelhos,
exigir achando dor,
rir saudoso da herdade.

Talvez, deixar o que perdeu,
seria antes o mais oportuno,
não haver leões no Coliseu,
ofegante recusar conselhos.
Creia somente, assim como eu:
há raio de sol, ainda que uno.



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