MAL-AMADA

Data 01/11/2015 00:03:28 | Tópico: Sonetos

MAL-AMADA

Não quero mais dizer que não a quero!
Ela que me desculpe, mas não mais!
Fosse aquele d’antanho, esses seus ais
Quiçá me comovessem, porém, mero

E inútil espernear d'alguém que espero,
Sinceramente, não rever jamais?!?
Ah! Mas ela que nem me peça tais
Disparates! Até porque reitero

Saber de repetidas e vãs faltas...
Como se não bastasse a cada dia
O seu próprio cuidado! Todavia,

Tinha um não sei quê... Sim: As vistas altas!
Como se o Universo fosse seu jardim...
Ah! Por que a suportar ainda assim?

Belo Horizonte – 06 06 2001


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