NOS LENÇÓIS MACIOS

Data 20/02/2008 18:47:31 | Tópico: Sonetos



Entreaberta, a cortina de voil acalma
Manchas das torturas dos lençóis
Crivos, que em salitre do âmbar d'alma
São esmagados no calor da tua voz!

Sensações tão expiradas, como o canto macio
Do vento a embalar nossos retratos
Que são tirados nos ardores lascivos
Pelas sombras das correntezas do olfato...

Chego enfim, na sutileza das palavras
E tu, a mirar-me como o senhor do tempo
Pelas mãos, o toque, pelo corpo, o abraço...

Nos lençóis macios, a dedilhar-me no espaço
Tua face serena, como a colina do vento...
Que me sinto completa, absorta, sem travas!

(20/02/08)



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