OPUS CITATUM

Data 07/11/2015 15:19:27 | Tópico: Sonetos

OPUS CITATUM

Sequer sei se aqui cabem tais palavras
Escritas quando ainda eras alguém...
Embora as rememore a mim também,
Escravo absorto por profundas lavras.

Tu -- que as cúpulas altas azinhavras,
E por arcos triunfais vais mais além --
Dize quanto há de falso e de desdém,
Escravo absurdo cuja obra deslavras.

Eis a obra que escreveste à juventude,
Que te cito e recito por dar a mim
Algo que ao pormenor do verso ajude...

Tu -- que outros alicerces investigas
E avanças sobre as hostes inimigas --
Dize, escravo absoluto, qual teu fim?!

Belo Horizonte – 24 05 2001


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=301633