Exercício Poético (da Guerra dos Homens e Pensamentos Afins)
Data 14/11/2015 12:20:05 | Tópico: Poemas
| A espada rasga-te a pele da garganta Os olhos soltam-se num último pranto E tu, outrora alguém ou gente Silencias-te inerte no chão O corpo quase seco não se levanta Os abutres olham-te com espanto As cores, os cheiros, tudo é indiferente Tudo o que for sim, o que for não.
Não juras qualquer tipo de vingança Desconheces o segundo seguinte Ninguém mais morre a teu lado Sentes-te só, não te sentes só? Não, não sentes nem a esperança Nem o olhar dum velho pedinte Que te olha incrédulo e abismado Com tanto desdenho, carinho e dó.
O teu matante anda por aí escondido A cortar cabeças a seu bel-prazer A fazer-se explodir ou talvez implodir A lamber o sangue que traz nas mãos A rir-se dos seus políticos irmãos A rir, a rir, a rir, a rir, a rir... De largo sorriso e sempre a dizer Tu és pequenino, teu mundo está perdido
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