Rosas de estimação

Data 15/11/2015 01:36:47 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Rosas de estimação

Cheguei agora, venho deste enorme jardim que rodeia este enorme casarão, onde me sinto bem e acarinhada por todos. Tenho pena de não aproveitar mais vezes estes pequenos momentos de liberdade, sol, ar puro e sossego, mas o piso é um pouco irregular e o meu joelho queixa-se, lá terá as suas razões, que admito e respeito. Mesmo assim reguei as minhas rosas de estimação que estão a florir e posso dizer que são lindas de um rosa que só no céu se encontra e algum anjo as pinta sem darmos por isso. Apanhei mesmo agora três que ponho sempre num pequenino altar de amor e saudade. Os botões já são imensos, deixá-los florir. Como já tenho dito vou todos os dias ao terço rezar por todos nós, depois de satisfazer a barriguinha de que eu faço parte, mas não como muito para não deixar a “elegância” de tantos anos…desapontar-me, na altura encantadora da terceira ou quarta...idade.
Os dias são sempre diferentes, uns mais produtivos que outros é verdade mas ao cabo parecem todos iguais e que cada vez parecem mais velozes. Adoro vir ao Luso ler os vossos poemas, estar com todos em sintonia é gratificante e muito me apraz. A amizade gera-se com amizade e é um prazer dá-la e recebê-la. O skype é a maneira de ver filhos, netos, bisnetos irmãos e amigos. Também gosto de jogar a canasta o que faço quase todas as tardes. Vou fazendo outras coisitas tolas mas que me dão satisfação, doce alegria e não me deixam arrefecer e enferrujar a criatividade e a escrita que tanto me anima e leva nesta já provecta idade à meninice retrocessiva. Chegou a hora do almocinho, aqui vou eu, desejo um bom apetite para o vosso, já que não os posso convidar para paparem um “goulash” que é o meu menu de hoje…bom apetite!





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