Beiral do tempo

Data 17/11/2015 16:15:03 | Tópico: Poemas

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O silencio bate no peito afligido
na pele o amargo sabor da insônia
na movediça que enterram o nome de bem
na ilusória força de que Deus não está vendo
o prato frio da vingança comeram...
p'lo simples fato de existir, incomoda.

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Mero efeito de respirar a pele
em poesia engrandece diante dos problemas
no peito que escorre... sangrando...
a conta gotas até o quedar exangüe
o sorriso vazio empoeirando a estrada
nas pegadas deixadas no deserto a céu aberto.

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O sonho que salva a pele do nome
na corrente sacro que exorciza o gigante
orvanhando de enlevo a vida, fazendo
respirar os poros da poesia...
faz arfar a saudade do dia, na
crase feita por ti, a dor
no mural do peito atingido p'lo epitáfio
gravado com as pétalas de rosas
deixadas no beiral do tempo
no trem da vida...

Ray Nascimento




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