
Para Camões I
Data 21/02/2008 16:49:21 | Tópico: Poemas
| A astúcia da letra de Camões, Solta-se em alqueives folhões.
Aclaram-se nos confins da memória Revividos num só olhar Modéstias do rechego da história, Assustadoras tempestades de mar Silêncios aviltados da vitória.
Elevam-se alvitres esquecidos.
Orbes luculentas do crepúsculo Saídas deste mundo minúsculo.
Bustos imperiais e imponentes Adornos de fidalgos abastados, Riqueza de campos verdejantes, Oceanos de Neptuno destronados, Eunucos de haréns espampanantes, Sangue derramado por bravos soldados.
Amores na rebentação das iras Segredados por Deuses olímpios Sedentos de ósculos profundos. Irreverência beliz dos jovens, Néscias criaturas sergentes, Almas perdidas. Lágrimas outrora valentes Agrilhoadas pelo ódio dos homens, Divididas em dois mundos, Olvidadas por seres impios, Sentenciadas à morte nas piras.
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