
Outras latitudes
Data 07/12/2015 21:41:32 | Tópico: Prosas Poéticas
| Escorre o vento desfolhando a alma toda ela é meu fôlego todo eu sou apenas espectro na visagem do tempo que desencandeia emocionantes sussurros tão surpreendentes e sôfregos Ali deixo escorrer entre os dedos a acutilante fé todo o religioso calor dos dias festejados em poesia Dos tempos que sobrevivem quase póstumos em outras distâncias e latitudes com minúcia reincidente no corpo, no ser na derme verso após verso em burburinho o amor por fim sossega e sem cessar teus gemidos segrega Nas imagens vagando pela charrua do tempo tão dissidente galopo até encontrar a progenitura dos sentidos e dos silêncios Contorno ávido todas as metafóricas existências Experimento emergir entre sorrisos excedentes Sustento quase faminto a luz que mendiga descontente o acordo rompendo todas as solidões que ficaram pendentes Nesta longa viagem simplesmente rumarei à clandestinidade onde repousam em outras latitudes coíncidentes as ondas de melancolia quietamente irreverentes Nossas planícies perfumarão todas as estéticas da nossa humanidade dando de beber a todos os sequiosos desertos adubando todas as sílabas enraízadas no húmos que nos suscita a vida com palavras milagrosamente acobertas de orações tão coniventes Deste presente prevejo-te mais que o futuro inserido na minúscula vagem de tempo onde deságuam as lágrimas descarrilam os sorrisos mais abnegados generosamente enquadrados em cada admirável desejo exultando na multidão de sonhos que polvilham graciosamente este meu poema assustadoramente enamorado Mesmo que neste caminho os destinos se tornem becos sem saída ainda assim transformaremos todo o arco-íris em artísticas e inspiradas latitudes prostradas em cada quadrante de solicitude onde estendemos nossas civilizações de alegria rompendo a grandeza do tempo onde pernoitamos na jurisdição de cada vento afagando-nos eternamente em euforia FC
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