vasto é teu silencio

Data 09/12/2015 19:22:59 | Tópico: Poemas -> Saudade

uma cidade se ergue sempre
no caminhar de um sol
sempre
no trafegar d'alguma lua

ruas de paralelepípedos
surgem margeadas de
flamboyant en fleurs

tapeçarias nas calçadas
abrem-se
com suas pétalas exauridas
entre folhas desmaiadas

ondula ao vento
entre marrom
o dourado
e o róseo lagrimado
a saia da solidão

em todas as janelas
as cortinas acenam
com vaidade
pois tecidas à mão
são delas
as rendas do tempo
são elas
que aliciam a quimera
das horas a se entreter
com a construção da espera



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=303008