Foco o céu, com melíflua pinga que pode cair, E não cai nada só um maldito clarão amarelo, Tão fingindo, tão cínico e tão idiotamente belo, Sempre a enganar-me com o seu reluzir.
Hoje, com o olhar no mar ou em ti, bem! Acordo estalando as encostas para a viragem, Vou correr no desejo de fingir que o mundo é meu. Um poeta tem a experiência de sonha-lo bem!
Pego em mim e visto-me desportivamente E faço o dito cujo aquecimento articular E corro, até onde o caminho me levar E leva-me incessantemente ao mergulho da mente.
Sete quilómetros e o corpo já anestesiado, E corro para te lembrar, pra te amar pra te ter, E por prazer de te imaginar continuo a correr. Porque o amor é doido e inexplicado.
Onze quilómetros, aquela musica a tocar, meu Deus agora é que morro porque eu não quero parar; Se não me parares juro que vou dar a volta ou mundo só para te encontrar.