MAL TRIVIAL

Data 15/12/2015 22:33:05 | Tópico: Sonetos

MAL TRIVIAL

Não sei o que há comigo: É um cansaço
Que repouso nenhum por fim mitiga.
Como judiado por mão inimiga
Sempre a me espezinhar em seu regaço...

Tão-só luto e olho; tão-só ando e passo.
Tudo inútil! Ainda que além siga
Uma estrada ao abismo onde periga
Outra voz me mandar pular no espaço...

-- "Aonde ir quando não há mais porquê?!?" --
Embora a pergunta fique sem resposta,
Em desespero ecoa pela encosta.

Enfrento um inimigo que não se vê
E me aniquila quando n'esse mal
Eu ser sem ser se torna algo trivial.

Belo Horizonte – 07 07 2005


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