Soneto do dia aprazado

Data 11/12/2015 20:38:40 | Tópico: Sonetos




E que não fosse por um sonho profético;
por ser ilusão apenas, sonhar acalentado;
se vê agora na manhã, já arde caquético
desde o amanhecer no oriente inspirado.

É nesse carmesim onde nuvens sombrias
estão ardendo no fogo, urdindo lentas
no fundo do céu aberto sobre satrapias
não haverá mais sol nas tardes sonentas!

De repente, uma una faísca une o feixe,
que fora fugaz e fugira ao romper o dia;
o sol será vermelho sempre que deixe.

Enfim chegou aprazado o dia tão cobiçado,
quando se poderá soar mais aquela melodia,
para ouvir essas canções do panteão alado.
11122015



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