Os mortos das minhas angústias

Data 15/12/2015 23:08:16 | Tópico: Poemas

...tento esquecer as fortes imagens das vontades
e fecho apertados os olhos magoados pela luz...”

----------------------------------------


- Os mortos das minhas angústias-




À procura na memória de restos do poema esquecido,
com rimas que um dia foram tão doces,
me respondem os mortos das minhas angústias
com tristes sons de cantochão monótono.
Tento esquecer as fortes imagens das vontades
e fecho apertados os olhos magoados pela luz.

E na faixa brilhante da memória em extinção,
pulsam, se tênues, desejos de vestir o verso simples
com roupagem majestosa de tantos portentos,
como pauta melodiosa a fazer parte de uma canção
que só poderá ser entoadas por lábios vermelhos.

À procura na memória de restos do poema esquecido,
com rimas que um dia foram tão doces,
soa uma canção para lábios sedentos de beijos,
a ser ouvida baixinho desconcertando estranhos,
trazendo-me porém, em clara visão revivida,
frescas imagens dos corações ainda com amor.
Então, tento esquecer as imagens das vontades
e fecho apertados os olhos magoados pela luz.

14122015
--------------------------------------------------------------
©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=303201