Minha alma com gosto artificial

Data 14/12/2015 15:18:13 | Tópico: Poemas

... se o espelho não reflete a alegria usual,
não deixam transluzir a lágrima que enluta...”

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- Minha alma com gosto artificial -





- Um coração divisando imagens antigas!
Esteja ele repleto de sangue pulsante,
plena glória, ao abrigo de visões inimigas,
no reflexo do espelho em que se vê diante.
Esteja ele repleto de sangue pulsante,
rejubilando-se com a inaudita redescoberta,
provocando no olhar um lampejo exultante
como se fosse recém havida, ora aberta,
esteja ele repleto de sangue pulsante,
plena glória, ao abrigo de visões inimigas,
no reflexo do espelho em que se vê diante.


- Um coração divisando imagens antigas!
Não sei se as agarrarei ou serão perdidas;
como um estranho ao som de cantigas,
sinto visões cercados, de grades medidas,
não sei se as agarrarei ou serão perdidas;
Como um estranho ao som de cantigas,
tenho as raízes na ansiedade mundana,
mais de uma vez proferi palavras amigas
sucumbindo à vulgar deturpação humana,
sinto visões cercados, de grades medidas,
não sei se as agarrarei ou serão perdidas.

Mas se meus caminhos são de pedra bruta,
se o espelho não reflete a alegria usual,
não deixa transluzir a lágrima que enluta
dando à minha alma um gosto artificial.
Se o espelho não reflete a alegria usual,
trago um brilho no olhar, mesmo cinzento,
sufoco as angústias num sorriso banal
no silencio e seriedade do grave momento,
dando à minha alma um gosto artificial.
14122015

14122015
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