Terceiro dia da tua ausência

Data 15/12/2015 02:42:08 | Tópico: Poemas




Poderia amar-te como rosto, sei que o tens, um corpo…que me lembro.

Mas é a tua alma, sempre a tua alma.
Não acreditara já em almas assim, a que me mostraste, aquela com que és, com que me lês, me amas…

És esse efeito mágico de vida mesmo no silêncio, na distância. Sinto-te, se estás bem, tenso… não sei explicar […]

Como se fizesses parte de mim, desde sempre, corresses nas minhas veias.

Aliás, chego a sentir, cada vez mais esta sensação sanguínea de partilha.


Tão bom e como dói!

Tão bom que corrói o próprio tempo, o amor …o nosso … mesmo depois de todas as tempestades de dor, dos desertos alargados, dos passos inversos que a vida nos obrigou a dar…ainda floresces cá dentro, como flor gigante, vício alocêntrico de afecto.

Agora, meu ser brade de sal no céu chuvoso do olhar … ao ver a única raiz visível a se afundar, aquela que liga os nossos peitos …prometendo não voltar ao topo do chão …

Minha árvore de asas em flor… reflecte e fica, adia essa despedida em andamento.

Garanto-te, que esse vilão Santo, não te fará mais sofrer …. Não se pode ofender as tenras folhas de uma flor, quando ela se torna amada …ou mesmo quando ela se recupera de uma saraivada…

Por favor, a despedida tem mais encanto, na hora do nunca no fim do começo.

Fica, sei como gostas de voar neste lugar, da liberdade de seres tu …límpida, dando a palavra à alma nessas braçadas sentidas, iluminadas de céu em pele galinha .

Fica …é a doçura de uma ordem, próxima do coração .










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