
De cor e salteado
Data 17/12/2015 20:49:45 | Tópico: Prosas Poéticas
| Algumas palavras sei-as de cor outras vislumbro-as salteadas no guião deste verso enssopado no licor dos teus beijos Em palavras escorregadias quebras meus silêncios espelhados em cada lampejo de amor onde albergamos gestos enfunados de paixão guardados no cântaro de cada fragrância, banhando a pecularidade desta solidão sempre, sempre…em ebolição Soltei as palavras, qual incenso sem as memorizar Voei daqui, volatilizado até me seduzir nos véus da tua esperança pernoitando no destino dos teus braços numa procissão de fé em orações fatalmente tão resignado Ninguém mais viu a alegria quando te acenei minha euforia Ninguém revelou teus sorrisos quase hilariantes Ninguém surpreendeu o silêncio quando calei minha voz só pra te algemar de vez em nossas loucas simetrias Todos viram outras páginas de um fim sem desfecho num livro onde não mais aconteço pois da alma somente vislumbro o eterno começo da vida conversando sossegada ao sabor de cada verso onde em ti cordialmente transpareço FC
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