Serpentine
Data 29/12/2015 12:50:18 | Tópico: Poemas -> Desilusão
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Você se lembra como tudo aconteceu? De todas as palavras, melodias, as das luzes?
Das manhãs... o sol nascendo, das noites, aguardando a primeira estrela?
Cantando, sorrindo, deleitando-me com seus beijos, ouvindo sinos, vendo espocar fogos de artifício…
A vida passando, sem preocupações, sentindo a brisa... Corpos ao vento, cabelos em desalinho não havia perguntas, desnecessárias respostas.
Como princesas sonhávamos com a casa de paredes de vidro, o fogo crepitante na lareira como se do nada se acendia... As noite para dormir, depois das volúpias satisfeitas, raios de estrelas não interferiam no nosso amor.
Mas, uma noite, houve uma tempestade, terrível tormenta, não sabia como me abrigar.
Senti a gravidade do momento tentei compreender, reagir... Foi inútil, apenas sussurrei: “- Já é tarde demais” .
As engrenagens da vida, o fluxo do destino, emanações todo-poderosas determinaram a direção, especificando o tempo.
Não pude controlar... Fomos levadas passo a passo, em zigue-zague numa espiral descontrolada.
Havia chegada a hora, era o limite... ...não podia mais voltar, não havia retorno, daquele círculo em desvario.
Deixei-me ficar no momento com descobertas desesperada mas conformada...
Minha voz não se ouvia contra o vento, contra o fogo que ardia...
Bem sabia que era o destino, nada acabaria antes do prazo, o circulo se completaria apenas na ocasião determinada: - a hora fatal era chegada.
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