Golpe de Estado

Data 23/02/2008 11:11:09 | Tópico: Poemas

À distância de umas palavras
Usadas pelos que as sabem,
Perdem-se valorosas letras
Que nestes espaços não cabem.

Riem-se estes ditadores,
Fundidos num silêncio imoral,
Que se acham senhores
E juízes de tribunal.

Cães vadios e sarnentos,
De frenético ladrar indecente,
Que envenenam os momentos
De tão pobre e boa gente.

Alimentam-se da escrita,
Da pureza cultural,
Do lusitano que acredita
E desta mentira banal.

Segredam a transpirar,
Em conluios fascistas,
O que anda a tramar
Este bando de chupistas.

Nada temem ou respeitam,
Nem a mãe nem a lei,
Apenas se aproveitam
Do que deles já pensei.


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