Dose de Saudade

Data 23/02/2008 19:29:14 | Tópico: Sonetos

Sou a ânsia das malfadadas gentes;
Dos lacustres areais sem sal.
Sou o ermitão dorido e carente;
Sou a concha em casca abissal.

Uma caravela que naufraga,
Ó! luz que nem partiu...
Um colírio que filtra como draga.
Um tornado em pleno cio.

Um ser que dosou saudade,
Jurando ter feito em verdade,
Os meus devaneios tardios...

Juro, agora na insensatez,
Que premio meu coração mais uma vez,
Aos dejetos que joguei nos rios!

(Ledalge,2007)






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