Flores do mal

Data 23/02/2008 23:11:07 | Tópico: Poemas

Fecho o meu rosto quando o dia morre
e assisto, paralítica,
a noite preta a engolir o meu mundo.
Sou criança que chora
abraçada ao monstro escuro da solidão,
sobre a cama da insônia de não ser de ninguém.
Alguém me vê quando morro nas horas feias
em que tento contra a existência,
como “uma Joana que errou de João”,
uma Amora que errou de amor?
Ninguém vivo no mundo
me lamenta mais que eu
e só quem me vigia é a lei,
que não fuma em público.
Essas tulipas estampadas no lençol,
como as odeio!




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