Vivo por sorte - Lizaldo Vieira

Data 20/01/2016 03:40:40 | Tópico: Poemas

Vivo Por sorte– Lizaldo Vieira
Em puro cenário
De cobiça
Injustiça
Má sorte
Falam disso
Daquilo
Não citam o desequilíbrio
No alto
Médio
E no baixo
Ribeirinhos lamento
Choram de dor
Por tantos desatinos
Punhal travado
Ao coração
Do rio irmão
Que um dia
Chamaram
Da unidade e integração
Hoje
Salta aos olhos
Tamanha desolação
Tanto descaso
Tanta lorota
Com tal proposta
Da revitalização
Sobra desequilíbrio
Dias sombrios
Tudo morre
Nada fazem
Não socorrem
Ao valente
Nilo dos tupinambás
Morre a foz
Também meio
No inicio
Já tá no fio da navalha
Falta respeito
Enganam os tolos
Sobram ruínas
Vidas em desgraça
Cadê puto
Pilombeta
Mandins
Matricham
Cará
Piaba de manteiga
Piau cachorro
Sarapó
Jundiá
É só trairagem
Não sabemos o que se passa
Nos projetos
Da montante
Muito menos
Com a juzante
Tudo nas barbas do doutor
Que licencia
Silencia
É miserável
Quem licenciou
Mandaram pras cucuias
O resto que se dane
Ele está secando
Engolido
Pelo tenebroso
Transposição chegou por lá
Vai mesmo acabar
A vida
Já era
Agua no pote
Deus me livre
Destino ignorado
Morrem de sede
As ciliares
Peixes piranha
E a gente
Tanta indiferença
Desamor
Impudência
Como ver moda de viola
Carrancas e xokos
Cantilena é uma só
Adeus Opará
Se a alma desse irmão
Vespúcio esqueceu
De salvar



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