MAL-ENTENDIDOS

Data 21/01/2016 10:19:32 | Tópico: Sonetos

MAL-ENTENDIDOS

Por fim, já reduz tudo a outro engano
E não a incompatíveis e maus gênios,
Que apresentamos por tantos proscênios
Até baixarem ao palco escuro pano.

Pretende a infeliz ser algo humano
Arrastar-me a seus pés pelos milênios,
Celebrando-nos bodas, mas de arsênios
Sob alguma outra luz d'amor insano.

Sim, eu parto e ela observa-me partir...
Sem qualquer emoção senão o medo
Que desde sempre tinha do porvir.

O equívoco profundo fomos nós,
Não a fala maldosa vinda após
Na esperança de ter-me tolo e ledo.

Betim - 21 01 2016


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