ESTRANHAMENTO

Data 05/02/2016 13:25:12 | Tópico: Sonetos

ESTRANHAMENTO

Já não te reconheço: És uma estranha.
As palavras que saem de ti me soam
Tão inúteis e fúteis que destoam
D’aquela paixão ávida e tamanha.

Nosso amor reduzis ao perde-ganha
Dos jogos de poder que só magoam.
À mente, os pensamentos que a povoam
Tornam-se essa tristeza que me entranha.

Dia após dia, mais e mais distantes...
Parece que nos vimos n'outra vida,
Pois, nada mais será como fora antes.

E a culpa do que somos ao que fomos
É o mal da esperança já perdida.
Não sendo má em si, sim onde a pomos!

Betim - 22 12 2010


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