PESCADOR DE SOLIDÃO

Data 05/02/2016 16:32:08 | Tópico: Sonetos

PESCADOR DE SOLIDÃO

Nas turvas e turbulentas águas
Do rio que corre na palma da minha mão
Nadam incontáveis e nefastas mágoas
Em cardumes, oriundas do meu coração

São seres inomináveis e medonhos
Descendentes da já finada ilusão
Alimentam-se de amor desfeito e sonhos
Também roubam o oxigênio da razão

Povoam o lago do ressentimento
Crescem ao sabor de sentimentos
Como tristezas, revolta e decepção

Quem acaba esse mal da alma?
Que desestabiliza e tira a calma
Só o amor, esse pescador de solidão.




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