Nocturne

Data 05/02/2016 16:41:40 | Tópico: Prosas Poéticas

Soltam-se as noites

em ventos acometidos

no breu dos tempos

Diverte-se a solidão

dormitando em cada manhã

que fenece consumada

crepitando, astuciosa

pelas insónias apagando

todas as escuridões do dia

morrendo exumadas


- Deixei de ler na biblioteca

de minha existência

cada instante onde tatuei

os versos nocturnos

promulgando a brevidade do tempo

que minh’alma consolará

despojando o nome que

soletro

e em cada despertar

olhasses

e me desejasses

toda tu até meu sono

velasses


-,Corremos ao sabor da noite

como a água madrugando

no leito fraterno dos teus beijos

Emancipamo-nos tranquilamente

entre as margens do tempo

deleitando-se tentadoramente

na frescura de um verso

aninhado ao vago e brando

olhar que te ofereço

quase marginalmente


- O tempo deixou suas portas

escancaradas às palavras

quietamente semeadas na

planície infinita dos nossos

sonhos

onde cada minuto se faz

minha existência

e o rumor da eternidade

inexoravelmente o abraço

onde cochila nossa conivência

e cumplicidade

FC


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=305354