IGNORÂNCIAS

Data 24/02/2016 09:16:19 | Tópico: Sonetos

IGNORÂNCIAS

Não conheças amor senão ideal,
Como agora essa flor em teus cabelos.
Tampouco saibam teus olhos quão belos
São a mim, para o bem e para o mal...

Ignore a mão o próprio o toque, tal
E qual se desconheça d’entre os elos
A força com que mundos paralelos
Agem e reagem sob lei natural.

Não sei... Acaso as águas morro abaixo
Não levam a imundície da cidade
E, servidas, vão poluir o seu riacho?

Sim, claro! Todavia, o que é verdade?
Cogito se saberás que eu, cabisbaixo,
Busco d’amor alguma irrealidade...

Contagem - 15 12 2011


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=305951