Soneto a ser bela sacerdotisa

Data 13/03/2016 23:31:03 | Tópico: Poemas



Resta de todo ardor, que só há lá nos anais,
além de esquecimento, segredos passionais.
Selados que seus lábios ficam, ora simboliza,
o estertor da manhã na sombra dos vitrais

Tudo isso outra vez a ser bela sacerdotisa,
do uno templo ornado por imagens textuais.
A emudecer o verso vejo-a a pensar concisa,
calar sobre a sanha de atos temperamentais.

Interior a voz diz sonante: "Esqueça a poetisa."!
Deixe-a que se renda aos arcanos sobrenaturais,
que vire ela a página... tudo um sonho sintetiza.

Que mais não erga a fronte por vezes acidentais,
ao aroma de jasmim do seu corpo só harmoniza,
o que mantém a ternura em ações tão especiais.




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