FIM DE NOITE

Data 16/03/2016 12:16:38 | Tópico: Sonetos

FIM DE NOITE

Havia cá uns versos me remoendo;
Ressoando n'alma adentro e além e afora...
De facto, eu já estava alto àquel’hora:
Depois da noite toda apenas sendo.

Definitivamente eu não aprendo...
Tomo um último copo e vou embora.
Mas tão desorientado ando lá fora,
Que sequer acho as chaves... Estupendo!

Sinto uma aragem fresca. Paro absorto.
Ouço (ou só penso que ouço) violoncelos
E vacilo... Esgotado dos desvelos.

Sento-me à guia sem qualquer conforto,
Enquanto ao modo vão dos sós me alegro
Sob a noite e seu vasto dossel negro.

Belo Horizonte - 01 10 2013



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