ORTOGONAL

Data 25/03/2016 12:08:20 | Tópico: Sonetos

ORTOGONAL

Nem o prumo do metro mais heroico;
Nem o esquadro das rimas encadeadas;
Ou buscar em remotas coordenadas,
Ou escavar ao horizonte mesozoico.

Não se poeta senão por paranoico
Co'a retidão de escolhas tão erradas,
Ao fazer retilíneas vãs jornadas,
À dura lei d'um douto verso ecoico.

Contudo, estabeleça os paralelos
E, perpendicular, se cruze os dedos,
Devesdando do espírito os segredos.

Lamentaria se fossem bons e belos,
Pois, se sua verdade não for reta,
De que valem os versos do poeta?

Contagem - 12 02 2012



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