 
  
    	Ao terceiro sinal
    	Data 29/03/2016 15:31:56 | Tópico: Poemas
 
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  Um poema de Miqué Di L'Atrólloggus
 
 
 
  Mais uma madrugada inteira  acordei como suando no Alasca uivando tal vento na nevasca, palhaço de trágica pantomima observando a vela de cera queimar de baixo para cima talvez sob efeitos do ayahuasca  vendo-me no andar superior debaixo de telhado vítreo cristalino sem ter atravessado o mezanino. . . . ... [Ao  terceiro  sinal quando  badalavam  frenéticos os sinos  da despedida o poeta  foi ferido  acidentalmente por um  motorista  bêbado de um Camaro  automático que não era  amarelo.] ... . . . Enquanto prosseguia a vela no queimar diferente,  acordando de mais uma fantasia  indiferente era só mazela despertava todo mal latente. . . . ... Procurei  mesmo  no escuro onde  apertar  o botão que aciona  a despedida para morrer  quando ainda  era noite, alguma alegria  no peito havia, acalentado  pela brisa  maliciosa acariciando  levemente  o rosto. ...
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  Afinal, mesmo no final do dia,   nenhuma estrela sequer se via, retornando de outra viagem amargando o gosto do tanino estranhando o sonho sem sentido sem ter obtido sequer vantagem ignoro a lua com olhar ferino tanta atribulação, tanto percalço deixo me envolver pela madrugada para afinal morrer descalço no caminho da eternidade almejada.
 
 
 
 
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