Ser livre

Data 02/04/2016 17:07:19 | Tópico: Poemas

Não há margens que comprimam a força da corrente
Mesmo elas sendo altas e rochosas
Porque o rio quando se revolta e ergue o caudal
Vence a maior dureza, a maior firmeza ou compressão
Não há rio parado ou aprisionado
Que não lute até à foz
E até a atingir corre e luta
Como quem quer nascer

E quanto calmo fica
Ao abraçar o mar
E nele salifica
O doce caminhar
Não há margem que mate

A força de um rio

Como não há grades que prendam
O nosso pensamento




Delfim Peixoto © ®


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