Não toque mais essa corneta
Data 03/04/2016 18:59:20 | Tópico: Poemas
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Por favor, não me acorde, não toque mais essa corneta, aquele Grant’s não era o pior, já bebi uísque mais vagabundo. Quando um janeiro for eterno, sem temporais, sem gelo nas ruas, nem grama sobre os telhados, vamos sobreviver ao buraco aberto, pelos serviços de manutenção, se tivermos fôlego suficiente para mais de trinta segundos prendendo a respiração livre dos dióxidos e anidridos.
Agora na distância que se impôs, longe de todo gás sulfídrico, o melhor que posso fazer, é desaparecer sem deixar vestígios. Porém, estarei a salvo dos fastígios aquecido do frio fatal num abrigo, protegido contra o último inimigo.
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