
Adágio matinal
Data 06/04/2016 20:53:47 | Tópico: Prosas Poéticas
| Além dos meus silêncios reside um tempo habitando as noites onde calço cada lágrima se espezinhando solitária pelas calçadas da vida pavimentando os pensamentos algemados no hospício dos meus poros em velamento - Deixei de seguir a existência das coisas banais…absoletas Resgatei somente e elasticidade de um beijo encostado ao recife dos teus afagos Prontifiquei-me a morrer coreografando os desejos ensaiando o derradeiro abraço deixado no púlpito dos teus braços - Conto parir um poema na afeição breve de um lamento agregado aos delírios fumegantes de um ópio em teu ser todo irradiando de rebuliço ofegante - Deixa-te inundar pelos silêncios suaves num espasmo quase aconchegante Conjectura comigo toda a conivência deixada no prefácio dos meus prantos - Completa a moldura onde deixamos o retrato feliz das nossas almas forrando cada prece no lambrim dos instintos itinerantes Retrata meu tédio saltitando de insanidade sugando teus gracejos desejando-te num cataclismo quase expectante - Mostra-te no museu dos meus sonhos onde fantasias este anoitecer conformado trombetando ao mundo este amor empolgante que espera….espera de tanto te apetecer… alucinante desespera FC
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