PRAZERES

Data 11/04/2016 15:59:29 | Tópico: Sonetos

PRAZERES

Súbitos subterfúgios a mim ocorrem
Em face de tão grave compostura:
Talvez se eu a lembrasse com ternura
De como as rosas tão rápido morrem...

Ou que as areias do Tempo escorrem
Céleres na ampulheta que o figura...
Até que levem sua formosura
E que as letras do seu nome se borrem!...

Tão-logo uma lembrança já se apaga,
Outra ainda mais forte o peito inunda...
Assim se cicatriza ao amante a chaga!

Porém, mais de prazeres é fecunda
Aquela cujo amor sempre me embriaga,
Ao lembrar-me a mirada tão profunda.

Betim - 12 12 2010



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