SEIS DE ABRIL

Data 30/04/2016 09:08:36 | Tópico: Prosas Poéticas

SEIS DE ABRIL

Hoje passei o dia em desalento.

Logo pela manhã tive uma discussão longa com uma pessoa que passou por minha vida. Passou...
Nós nos atacamos e nos ferimos com palavras que sabemos machucar. De facto, dói! ... Deve doer nela também, que até se admitiu fragilizada... Logo ela que tanto lutou por domínio e controle!
Tudo o que ela tem agora são esses dardos envenenados dos quais me esquivo...

Não há muito o que dizer, senão que acabou, isto é, que não estamos juntos e temos saído com outras pessoas. Sim, há patrimônio para dividir com mágoa e filha para criar com amor.
E a vida continua.

Mas parece que não é o bastante. Parece que a vida não muda de facto enquanto permanecemos no mesmo lugar.
Não sei o que o leitor acha disso, mas eu estou cansado de viver essa vida em suspenso, como se a espera do próximo desastre a me constranger um pouco mais.

O fado se me parece agora uma piada da qual eu simplesmente não consigo rir. Talvez o leitor consiga e me leia agora conduzido pela alegria de dar boas gargalhadas ou pela suave melancolia de verter lágrimas, pois, isso tudo é quanto nos pode oferecer as letras. Espero não te decepcionar, caro leitor.

Betim - 2016




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=308112