ÀS MARGENS DO RIO SECO

Data 26/04/2016 09:32:34 | Tópico: Sonetos

ÀS MARGENS DO RIO SECO

Acolá, fina areia em que as reptícias
Se agarram a buscar a última gota...
Sol em barro rachado que desbota
O chão coberto d'ervas malpropícias.

Outrora era vereda de delícias;
D'eterno enverdecer por sua rota.
Nada mais, todavia, hoje se nota
Onde antes buritis, pequis... Primícias!

Pela terra assolada, igual fantasma
O rio ressecado nega ao açude
Sua água, sem ter mais com que lhe ajude.

E a gente ribeirinha mais se pasma
Por vazio o remanso de banhar
Na seca a entristecer este lugar.

Betim - 18 04 2016


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=308206