O grande caderno azul - XLIX

Data 20/04/2016 15:44:48 | Tópico: Textos

XLIX

- Bom dia,dia bom!
Ainda não peguei o fio da meiada,mas já sei o que realmente quero escrever - serão duas estorias paralelas - a minha atual e a de "Moço velho" nos interstícios do Bairro do Desterro - a versão oficial será realmente escrita quando eu comprar um caderno especifico e concluir a digitação de "Além das Névoas Azuis".

En la taller de la vida en una mañana de sabado.
Até o vento sacaneia comigo, trazendo uma embalagem vazia e deixa-la bem no meio da calçada. Do outro lado da estreita avenida de mão dupla, Mestre Drácula, carroceiro, pedreiro e motorista faz uma reverencia.A caneta deu os últimos suspiros e agora solenemente será conduzida ao cemitério de suas congêneres na gaveta da mesinha com todas as honras merecidas para o seu merecido descanso eterno. meu colega Troira ou Dr.Oswaldo,mototaxista estacionou a moto nova.

Hora depois
Conversamos amenidades como sempre.Um figura nova apareceu,um baixinho bêbado da Rua Dez, conhecido de Seu Carlos o borracheiro.
Aleluia! Aleluia! - ganhei dez reais com uma solda.Uma promessa para segunda-feira. A minha boca esta em frangalhos, gengiva nem se fala e assim vou carregando a minha pesada cruz. O baixinho bêbado volta perturba em pé na porta da mercearia de Seu Cardoso querendo comprar alguma coisa. Leio "Abusado" de Caco Barcelos e "As Minas Do Rei Salomão".

Noite
22:15 - Meu amado filho apareceu. A minha gengiva dolorida,tenho receio de um câncer bucal, as bases dos dentes estão cheio de tártaros.




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