
Bom Partido
Data 02/05/2016 03:22:12 | Tópico: Poemas
| Me encontro em pedaços Me perco quando estou inteiro Pois sou complexo em axiomas E simples nos simplificados
E de nada me valeria O ar do complicar Pois de feitos terrenos Não irei me exaltar
Mas em relação aos destroços Desalmados e caídos Que lembram um velho Novo antigo
Destes não falo Nem mesmo os calo Mas ainda piso E espalho
Sempre devem ser lembrados E mais ainda, quando desarmados Das farpas, falhas e dos pecados Do triste e amargurado
Transfigurado pela lamina Que um dia o transpassou Mas não o desertou
E mesmo assim Não levou O bendito sofrido
Que sempre esperou No dia e torpor De um desvanecido
Amor ao horror De em pedaços Recorrer ao calor
Eram os braços de uma pequena agonia, uma antiga folia, com nome de santa, no cultivo de plantas que jamais recebiam água. Mas ainda sim, não desistia não, cortava o pão dos pombos e a esperança dos moços, falava com o olhar, fazia doces e destilava venenos que nem mesmo a cascavel ardilosa conseguia produzir. E ainda era a mais sútil do jardim, pois fazia suas peripécias durante a noitinha, na calada da noite sombria, sem suspeitar e nem levantar o vestido, pois sabia que para o homem ferido, o pior inimigo é sempre aquele escondido, debaixo das pálpebras de um bom partido!
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