Não prometas poesia

Data 03/05/2016 18:11:02 | Tópico: Poemas

Foram vertigens que alimentaram o fogo
Preso às mãos

No cansaço do corpo, na rendição do tempo
O rescaldo dos dias quentes

No esforço de derrubar o castelo que construímos
Dissolvemos lágrimas de pólvora
Incendiamos as ruínas de tudo

São memórias de uma guerra não declarada
Que travamos em silêncio
E em silêncio depusemos o sonho

Não prometas poesia
Não digas que vens

No cansaço do corpo, as mãos repousam
Sobre o vento do amanhã

Sopra-me seco para longe.


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