Decifro-te

Data 03/05/2016 18:38:04 | Tópico: Sonetos

Decifro-te

Perante o tempo vagaroso burlador
Quedo-me branda num lento burilar
De versos cândidos para o teu olhar
Quando vestiste outro papel de ator

Noutra vida, noutro teatro, noutro lugar
Mas, decifro-te céu poético, o confessor
Do meu pecado, no que tens de melhor,
As letras inquietas num terno fervilhar

Moldando o barro da arte sem pressa
Dando forma fidedigna ao silêncio macio
Como artesão sábio que tudo começa

Para depois te tornares verso do tal rio
Voltando ao mar com a serena promessa
Inspirando trovas, odisseias, num eterno estio…






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=308821